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julho 11, 2010

Caso Bruno do Flamengo ou a queda de um anjo.

     Todo mundo sonha em ficar rico e famoso, ganhar muito dinheiro e se tornar um vencedor na vida. Existe alguma coisa de errado nisso? Não. Não existe nada de errado em querer o melhor para nós e, aliás, todos devemos pautar nossas vidas exatamente por esse lado: desejar o melhor e lutar por isso. Analisando, num primeiro momento, a história de vida do goleiro do Flamengo, Bruno, é isso que vemos, não é? Dá até para imaginar ele criança sonhando com o dia em que, adulto, defenderia a camisa de times como o Corinthians e o Flamengo. Ele conseguiu. Ele chegou onde, embora todos sonhem, poucos (muito poucos) chegam.
     Dando asas à nossa imaginação podemos pensar que ele estaria feliz da vida vivendo num verdadeiro oásis, longe dos problemas que nós, simples mortais, vivemos. Nada disso. Clichê ou não, dinheiro e fama não trazem felicidade. Como diria o poeta, também mineiro, Carlos Drumont de Andrade, havia uma pedra no meio do caminho. Em sua corrida para cima e para alto, o jogador não viu, ou não quis ver, a pedra. Ou teria ele mesmo criado a sua pedra de tropeço? Nesse caso  "a pedra"  não é necessariamente um caso amoroso fortuito. A pedra é a vaidade que toma conta daqueles que são bafejados pela sorte, os escolhidos. Como os reis do passado, eles passam a se sentirem como verdadeiros enviados de Deus, quando não se sentem, eles mesmos, deuses ou semideuses.
     É sobre isso que eu quero falar. Não cabe a mim dizer se esse rapaz é culpado ou inocente. Esse é um problema da policia e da justiça. O que quero falar é sobre o lado espiritual da questão, os nossos passos na terra. Não acredito que nasçamos todos com nossos destinos previamente traçados, com tudo determinado; esse vai ser bom, justo e honesto; aquele vai ser um assassino cruel. Nada disso. A cada vez que nascemos aqui na terra meio que zeramos nossos erros passados e assumimos o compromisso de sermos mehores. Nascemos todos marcados com o amor de Deus em nossos corações.
     Durante algum tempo somos educados por nossos pais  ou responsáveis, mas um dia crescemos e passamos a ver a vida com os nossos próprios olhos, a andar com nossos próprios pés, a ser guiados por nossa própria cabeça. E aí que nossa personalidade vai falar mais alto, pois quase sempre a impomos aos outros. Nesse momento podemos confirmar o compromisso de seguir nossa escalada para a luz (o conhecimento, o entendimento) ou se vamos repetir os erros das vidas passadas.
     Eu sei que falando assim tudo parece muito fácil. É claro que não é. As coisas não acontecem de maneira clara, tudo as vezes é muito subjetivo. Depende muito do nosso adiantamento moral e espiritual para entendermos as "entrelinhas" dos acontecimentos. E coube a esse rapaz um dos, digamos, carmas mais difícil: o da facilidade com o dinheiro, fama e prestígio. Muitos usam esse benefício dado por Deus para construir uma vida digna e admirável, mas outros capitulam atraindo para si energias destruidoras, pessoas interesseiras, infladores de ego. Diante disso, somado com seus próprios defeitos, a queda é certa.
     Como falei no início, todos desejam fama, dinheiro e poder, mas poucos sabem lidar com isso. Por isso, além de fama, dinheiro e poder, devemos desejar também ter sabedoria para saber lidar com eles para que não nos sirvam de queda.

Bom domingo e que Deus nos proteja a todos, com alegria.