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dezembro 16, 2011

Resposta ao MEME do Aristides Monteiro.(com pedido de desculpa pelo atraso)

     Há vários dias (ou seriam semanas?), meu amigo Aristides Monteiro me pediu para falar das dez coisas que sinto mais saudades. Inicialmente, pensei tratar-se de uma tarefa impossível de ser realizada (daí, a demora), pois não sou exatamente um cara dado a sentir essa nostalgia (muitas vezes boa, é preciso que se diga) toda do passado. Por isso, tive dificuldade de começar esse texto e fiquei horas a fio matutando. E foi matutando que cheguei a conclusão de que, mesmo não admitindo muito claramente, eu sou um poço de memórias e saudades. O que realmente torna a tarefa de escolher "as dez coisas que sinto mais saudades" mais difícil ainda.
     Para dizer a verdade, não dá para medir saudades em tamanho e quantidade. Saudades são saudades, nada mais que saudades, caro Aristides. Bateu aquela dorzinha no coração, aquela vontade de pegar um trem de volta para o passado, já pode ser classificada como grande saudade.
    Porém, o meu amigo quer mesmo que eu classifique as dez mais. Parece concurso para eleger as dez mais elegantes, as dez mais bonitas e coisas que valham. O que, pode acreditar, transformaria a tarefa em algo prazeroso. Já voltar ao passado e me reencontrar, torna tudo mais, digamos, penoso. Mas vamos lá. Mãos à obra: em primeiro lugar, gostaria de dizer que vou classificar de um a dez, mas todas elas poderiam ocupar o primeiro lugar. Vou numerar, não de acordo com a importância, mas de acordo com a minha memória, a medida que vou lembrando:
1 - A casa dos meus pais, todo mundo reunido, aquele montão de gente junta.
2 - Eu brigando para ir para escola (parece incrível, mas eu praticamente obriguei meus pais a me matricularem numa escola, coisa rara em minha família)
3 - Eu sonhando em sair de minha cidade, Ibiá (tinha uma fixação em conhecer o mundo. Por alguma dessas coincidências estranhas, a minha cidade é cercada por serras, o que me remete ao mito da caverna) 
4  - Quando eu acreditava que iria seguir a carreira de padre.
5  - Do tempo em que eu acreditava que as coisas eram definitivas e para sempre.
6  - Quando eu, e o Brasil, éramos o futuro.
7  - Das pessoas e coisas que, a medida que fui caminhando, foram ficando para trás. ou mudando de lugar
8  - Eu chegando no Rio de Janeiro.
9  - Do natal da minha infância.
10- Do futuro. 
   Bem, é isso aí. Espero que não seja tarde demais. Caso seja, valeu como exercício. Acho que é a primeira vez que paro para fazer esse tipo de coisa. De repente, é válido dar uma olhadinha para trás. Valeu.