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março 27, 2016

Ame-se.

Resultado de imagem para imagem de pessoas se olhando no espelhoAcredito que é o desejo de todo mundo ser popular entre os amigos, ser benquisto por todos, presença desejada em todas as rodas, festas, encontros e comemorações. Aquela pessoa que ao chegar todos interrompam o que estão fazendo para receber-lhe com um sorriso largo no rosto, palavras carinhosas de boas vindas e que na hora da sua partida todos lamentem que você tenham que deixá-las órfãs de sua agradável presença.
Sem dúvida, isso seria o ideal e é possível que existam (muitas, espero) pessoas que gozem desse tipo de consideração. e, provavelmente, seja o seu caso. Porém, há pessoas que não desfrutam dessas benesses e amarguem o fato de não serem nem um pouco populares, nem mesmo benquistas entre os seus pares. 
O motivo para que isso aconteça, muitas vezes, nem precisa existir. Como muita gente diz: é questão de pele. A antipatia nascem, em muitos casos, à primeira vista. A pessoa chega e logo se ouve:
- Num fui com a cara dessa figura. E você?
Pronto. O rastilho de pólvora foi aceso e em pouco tempo muita gente vai repetir a mesma frase como se fosse um bordão ensaiado. O pobre coitado, ou pobre coitada, está definitivamente condenado a ser o indesejado (a) da turma de amigos, do local de trabalho, da sala de aula, do grupo de oração da igreja, das reuniões da família ou onde quer que duas ou mais pessoas se reúnam. 
O pior de tudo é que a pessoa quase sempre não percebe que não é bem-vinda e permanece sendo uma espécie de ponto final para qualquer conversa, reunião ou ajuntamento. Basta ela chegar para qualquer conversa ser encerrada, grupo ser desfeito ou boa ideia ser abandonada depois de sua adesão. 
É uma situação muito triste e tende a ficar mais triste quando a pessoa descobre que é antipatizada. Alguns optam por tentar desfazer a má impressão que as pessoas têm dela e, geralmente, se dá mal. Não se demove má vontade alheia com explicações, conversas e nem com boa vontade.
Outros, a maioria, tende a fechar-se e se afastam tornando-se pessoas solitárias. Passam a vida perguntando-se por que os outros agem dessa maneira e, quase sempre, não encontram respostas. Há também os que tentam mudar para agradar, para ser bem aceitos. Não raro, falham. Acabam virando motivo de chacota e de mais desprezo. 
O ideal é fazer um bom exame de consciência para saber se as pessoas têm mesmo razão por tratá-lo(a) desse jeito. Muitos se descobrem críticos demais, mau humorados demais, excessivamente tímidos, extremamente pessimistas... 
Agora, se você descobrir que não é nada disso que está impedindo de ser "um campeão de audiência", lembre-se que a melhor companhia que você pode ter é você mesmo(a). Ame-se, goste mais de você. Sorria e mostre a todos que você vive bem consigo mesmo(a). Isso com certeza vai fazer com que as pessoas passam a desejar se aproximar desse pessoa que não precisa da companhia delas para ser feliz.

Feliz páscoa.

março 19, 2016

O dilema de Maria.

Resultado de imagem para imagem de pessoa timidaMaria sempre foi uma pessoa solitária. Para começo de conversa, ela é filha única. Além disso, ela nasceu quando seus pais, casados há mais de quinze anos, já não pensavam mais em ter filhos. Foi um susto quando sua mãe descobriu que estava grávida,  Um susto e uma grande alegria, é preciso que se diga. Alegria essa que, de certa forma, acabou por sufocar Maria, pois sua mãe ( e o pai também) só faltava adivinhar as suas vontades.
Assim ela cresceu. Em casa, sempre ela e os pais; na escola, sempre calada no seu canto. Agora, por volta dos vinte e poucos anos, Maria quer muito conhecer pessoas, fazer amigos e, quem sabe, conseguir um namorado. 
Por isso ela resolveu enfrentar a sua timidez e anda tentando falar com as pessoas que encontra nos lugares que frequenta.  Mas ela tem encontrado muita dificuldade. Por um lado, é claro, por causa de sua timidez que a impede de estabelecer uma conversa longa ou de expressar suas opiniões. Por outro lado, porque ela andou descobrindo uma coisa que a deixou muito assustada.
Maria descobriu que, para conseguir fazer amigos, terá que mudar o seu jeito de ser. Foi uma colega de trabalho que falou isso para ela:
- Se você quiser fazer amigos, Maria, terá que deixar essa timidez de lado. Ninguém gosta de pessoas tímidas. Calada e quieta desse jeito, você nunca vai fazer amigos.
- Nem você vai querer ser minha amiga? - ela, timidamente, perguntou para a colega.
- Nem eu. - respondeu a colega, secamente.
Desde esse dia Maria não tem pensado em outra coisa: para ter amigos ela vai ter que mudar. E em sua cabeça isso significa virar outra pessoa, deixar de ser quem ela é. Essa descoberta foi muito dura para Maria. Ela não quer deixar de ser quem é e ao mesmo tempo não aguenta mais viver sozinha sem amigos, sem namorado.
E agora? O que Maria faz? .Muda e vira outra pessoa ou aceita viver sozinha para sempre? Vamos lá, minha gente. Vamos ajudar a Maria. Ela está precisando muito que vocês a ajudem dando-lhe algum conselho. Alguém se habilita?

Bom fim de semana.


março 13, 2016

"A regra" e o sucesso.

Quando do lançamento da novela, A regra do jogo, fizeram-nos crer que vinha aí um sucesso arrebatador, tão grande ou maior que o obtido pela novela anterior do autor, ou seja, Avenida Brasil. Isso fez com que o público criasse uma grande expectativa em relação à novela. Bastou vir o primeiro capítulo para que todos percebessem que a coisa não era bem assim. Tratava-se de uma novela árida, com personagens sem moral ou compaixão.
Até aí, nada demais. a vida está repleta de gente cruel e sem compaixão. Porém, uma novela precisa, antes de qualquer coisa, criar empatia junto a seu público. Ninguém liga a sua televisão para assistir a um produto que não o conquiste de alguma maneira seja pela aproximação ou pela repulsa. 
Talvez tenha sido a intenção do autor: mostrar ao público como o ser humano não mede consequência para conseguir aquilo que quer e, para isso, não hesita em matar, roubar ou destruir o que interponha em seu caminho. No entanto, o tiro saiu pela culatra e o que vimos foi um desfilar de incoerências e inverossimilhanças. Outro ponto normal em novelas, elas quase sempre são incoerentes e inverossímeis, mas tudo tem um limite. Chega um momento em que o drama vira uma comédia de erros e foi isso que aconteceu.
Independente de qualquer coisa, é preciso valorizar o esforço de todos para fazer um bom trabalho. Às vezes as coisas não saem exatamente com a gente pensa, mesmo em se tratando da Rede Globo de Televisão, do festejado autor, da melhor diretora de novelas do mundo, dos melhores atores do Brasil e por aí vai.
A lição que se tira de tudo isso é que não existe sucesso por encomenda. Ninguém tem a fórmula de fazer as coisas darem certo. O futebol está aí para nos lembrar que um time que ganha o campeonato num ano pode ser rebaixado no próximo ano. Assim é a vida. 
Só nos resta esperar pela próximo e torcer para que venham com mais humildade, escale o elenco certo e tentem de alguma forma chegar perto da alma do telespectador. Ele é o principal personagem desse história, agradá-lo é uma novela à parte.
Quanto a João Emanuel Carneiro, vai continuar sendo lembrado como o autor de "Avenida Brasil"., essa, sim, merecedora de todos os elogios.

Bom domingo.

março 10, 2016

O Opala Laranja.





 O Opala Laranja.





O Opala Laranja, que acaba de sair pela Editora Autografia, conta a história de Joel, um rapaz com quase quarenta anos de idade que vive como se fosse um adolescente irresponsável sem se preocupar com nada e causando sérios problemas para todos aqueles que convivem com ele: sua mãe, sua irmã. seu melhor amigo, seu patrão e, principalmente, à sua noiva, Verinha, que o ama acima de qualquer coisa e perdoa todos os seus deslizes. Como tudo na vida tem limite, chega um momento em que ninguém mais suporta as armações e trapalhadas de Joel e ele se vê obrigado a encarar a vida de frente. 

O Opala Laranja
Autor: Julio Fernando Moreira
Local de venda: Site da editora Autografia.


março 06, 2016

Não adianta pedir ajuda a quem não tem ajuda para dar.

Todos sabemos que viver em sociedade implica em aceitar as diferenças. Uns são mais fortes, outros mais fracos, alguns são ricos, outros muitas vezes não têm o mínimo necessário para sobreviver. Há os que gozam de perfeita saúde e os que enfrentam enfermidades, os que são felizes e realizados e os que são obrigados a aceitar a vida como ela é.
Muitos dizem que estas diferenças fazem parte da vida, mesmo sabendo que estão em desacordo com aquela máxima religiosa que diz que Deus criou a tidos iguais. Mito ou verdade, o que resta a todos é acreditar que, apesar de todas as inegáveis diferenças, possa existir uma coisa chamada solidariedade. O que, em tese, é o mais forte doar ao mais fraco para que todos possam completar a caminhada juntos.
Infelizmente, isso ainda é uma utopia. Estamos longe do dia em que os mais fortes, isto é, os mais ricos olharão com benevolência para aqueles que não têm o básico para viver. O que move o mundo é o dinheiro e o que vemos é aqueles que têm muito ambicionarem muito mais, mesmo sabendo que isso só faz aumentar o desequilíbrio da balança.
Insensíveis aos apelos, aos gritos dos que sofrem os mais ricos continuam vivendo suas vidas de luxo e ostentação. Foi-se o tempo em que se podia contar com o "lado cristão" das pessoas, a partir do "amai o próximo como a ti mesmo!. A teologia da prosperidade ensina que o importante é ter, ela não ensina seus seguidores a doar, a dividir, a amparar aqueles não gozam da mesma sorte.
Por isso, não adianta esperar ajuda de quem não tem ajuda para dar, de quem não tem a capacidade genuína de ser solidário. E isso não se refere apenas a ajuda financeira.  Essa ajuda pode ser um simples ato de abrir uma porta para um deficiente ou ajudá-lo a atravessar a rua. Também pode estar presente em atitudes de cortesia, gentileza que prestamos aos outros sem que haja mesmo necessidade.
E isso que se espera das pessoas: que elas sejam gentis sem precisar esperar que o outro clame por essa gentileza, que isso faça parte da natureza de cada ser humano. Do contrário, não adianta pedir ajuda a quem não tem ajuda para dar, a quem não traga a sementinha do amor ao próximo dentro de si. Com certeza, essa pessoa permanecerá insensível levando a sua vida egoísta e medíocre.

Bom domingo.