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junho 03, 2017

Barraram a minha entrada no clube.

Resultado de imagem para imagens de pessoas impedidas de entrar no clubeHá quem garanta que atualmente vivemos dias bem mais democráticos que em outros tempos, que as pessoas em geral estão mais receptivas e abertas para o novo, o diferente. Estão também muito mais tolerantes e que isso tem transformado os relacionamentos.e a convivência. 
Não discordo inteiramente de quem pensa assim.  Vai longe o tempo em que as pessoas por sua cor, raça, credo, posição política e social ou preferência sexual eram proibidas de entrar em alguns lugares e até mesmo hostilizadas na rua. Vivemos o tempo do politicamente correto e isso faz com que as pessoas e instituições tomem precauções e evitem demonstrar claramente as suas posições preconceituosas. 
Isso não significa que estejamos todos menos preconceituosos e intolerantes. As pessoas continuam pensando e agindo como sempre fizeram. Apenas escondem os seus sentimentos de rejeição a determinados grupos sociais fazendo crer que mudaram a sua maneira de pensar, tornaram-se mais tolerantes para com aqueles que até muito pouco tempo desprezavam e consideravam como inferiores.
Na verdade, vivemos um tempo em que ninguém sabe dizer ao certo qual é a verdadeira posição de alguém quanto a determinados assuntos. Quando se trata de religião, sexo, cor, raça, posição política ou qualquer assunto espinhoso, optamos por nos manter em cima do muro e esperar que o outro se posicione. Diante do posicionamento alheio é que tendemos para um lodo ou outro, ou seja, aquele que nos for mais conveniente e nos causar menos aborrecimento.
Outro ponto da questão é que vivemos tempos de agrupamentos, verdadeiros clubes em que só é permitida a entrada daqueles que pensam e agem como nós. Os que pensam, falam e agem diferente são barrados na entrada do clube, ficam do lado de fora. Essa é a sociedade atual. Parece que a única saída é aderir à moda dos guetos e criar um para si e aqueles que pensam como você.
Até quando isso durar? Até o momento em que entendermos que aqueles que vivem, agem e pensam diferente de nós não são nossos inimigos e não precisam ficar de fora de nossas vidas. Pelo contrário. As diferenças deveriam ser o passaporte para entrada no clube, onde todos poderiam se expressar e viver da maneira como bem entendessem. Viva a diferença.

Bom final de semana.